segunda-feira, 24 de junho de 2013

Vermelha paixão



E me pintou de vermelho...
E me vestiu de paixão...
Com teus olhos...
Com tua boca...
Com tuas mãos...
E me olhou...
E me desejou...
E me dedilhou...
Saciou teus desejos...
Nos meus... que se fez paixão...
E me beijou... por inteiro...
Como dois loucos... amantes...
Suados... cansados...
Molhados...
Desejos da alma...
Desejos do coração...
E me vestiu de vermelho...
E me pintou de paixão...





(i) racional.



Não serei racional...
a racionalidade fere-me
parte-me ao meio
rasga-me
dilacera-me por dentro
faz-me fazer o que eu não quero
dizer o que não sinto
permitir o que não desejo.

Quero ser sentimento
puramente irracional
serei bicho... se preciso
puro instinto;
amores e paixões
não cominam com a racionalidade
assim como estes versos
não combinam com a rima.




Começo


As águas mansas de um rio tranquilo...
foi assim que me senti
em teus braços
até o momento da partida.
 já era chegada a hora de ir
cantei...
um canto de adeus,
juntei um abraço
e um beijo em seu dorso
enquanto calçava o sapato.
Como um presente
pôs-me a ouvir; “isto é só o começo...
É só o começo”.
E a esperança que era ausente
tonou-se um raio...
um fino raio de esperança
acreditei...
simplesmente... acreditei.




Regresso




Já faz quase um ano...
sem eu passear por esta tela... esta janela
a alma andou solitária
conversando apenas com os versos
que já a muito escondo
na tentativa de cicatrizar feridas
ou passar despercebida.
Não que eu tenha deixado de escrever...
mas há momentos que se faz necessário dar um tempo
parar de encurralar o coração
ou força-lo a fazer o que não quer;
esquecer.
Agora cá estou
A alma não aguentou
Ficar calada já não da.
É a alma...
Sou eu...
Querendo juntas voar.







quinta-feira, 12 de julho de 2012

Entulhos

De baixo de toda raiva...
Sempre existe uma magoa.
De baixo de toda magoa...
Sempre existe uma ferida.
De baixo de toda ferida...
Sempre existe uma dor.
De baixo de toda dor...
Soterrado...
Um amor.

domingo, 22 de janeiro de 2012

meu lar...


                                                Colo de mãe...


Fui buscar meu colo...
Rever minhas irmãs...
Minha mãe... hoje tão frágil...
Mas já fora mulher forte...
Lutadora... Vencedora... Decidida.
Me sentir protegida mesmo que por três dias.
Rever minha casa... “que sempre será minha...”
Meu quarto de menina...
Ainda guarda tantas histórias... Carinho de família.
Meu pai... já não esta...
Mas senti sua presença...
Nas lembranças de seus ensinamentos.
Que me fizeram forte...
Que me ensinou que posso fazer tudo.
Se agüentar as conseqüências de meus atos.
O melhor de todos os ensinamentos:
“quem fala verdade não merece castigo...”
se bem que mesmo assim ainda somos castigadas... faz parte da vida.
Apenas meu pai não me castigava quando falava a verdade.
Ali... naquela casa... fui menina... mais feliz do mundo.
Agora mulher feita... longe de casa... a vida é por mim mesma...
É apanhando e aprendendo...
É caindo... e levantando...
É acreditando... e me decepcionando...
É vivendo.
Não do jeito que eu sonhei... Mas do jeito que dá.
Vou mudando meu caminho... Mudando o trajeto... sempre que necessário.
Só não vale... é deixar de sonhar e de novo acreditar.
Apendi vivendo... que a vida não é um conto de fadas... mas pode ser encantada.



                  Somos fortes... somos sangue... somos mulheres... somos guerreiras... somos a excencia... de mulheres verdadeiras. Sou eu... amando vcs. 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Almas...



Temos almas... Aprisionadas dentro de nós...
Por vezes nos faz ouvir a sua voz...
Em um lamento profundo...
Tenta por vezes fugir de nós.

É um fogo que queima...
Incessante tormento...
A tirar o sono...
A rolar na cama.

Um desassossego que nos consome...
Um revirar por dentro...
Debate-se...
Fere-se.

Não tem jeito...
Aquieta-se...
Morre mais uma noite...
A espera do amanhecer.